quinta-feira, 30 de março de 2017

Pérola Mini-Arrojada: 28/Junho/2015

(8 anos e 10 meses)

Punzices

Estou grávida de 6 meses e a Nô está a adorar acompanhar esta fase da "nossa" vida. Há muito que sonhava com um mano ou uma mana, pediu vezes sem conta e agora acompanha tudo a par e passo, passa a vida na internet a ler sobre gravidez e as diferentes fases da dita, o desenvolvimento do bebé e tal. Tem sentido muito o mano que se mexe loucamente como se não houvesse amanhã e anda encantada com isto.
Diz-me ela toda divertida:
- Mãe sabes aquela sensação que tens quando sentes o bébé mexer e dar pontapés?? Às vezes também sinto... Mas são puns.

(É o que eu digo, sensibilidade incrível!)


Arrojinha*

terça-feira, 28 de março de 2017

Pérola Mini-Arrojada - 2/Junho/2015

(8 anos e 10 meses)

GORDICES


A apanhar sol a Nô faz-me uma festa nas pernas.

- Ai Mãe as tuas pernas estão tão macias!

Respondo eu:

- É normal, eu besunto-me com creme para não ficar seca.

- Não não, é mesmo a tua gordura que tá fofinha.

(Esta miúda tá a habilitar-se a uma bela berlaitada. Ai tá tá!)

Pérola Mini-Arrojada - 21/Maio/2015

(8 anos e 9 meses)

Parvoíces artísticas

A Nô a brincar feita louca, dá meia volta por cima do braço do sofá, embrulha-se toda, cai no meio do chão e levanta-se muito rápido. Diz-lhe o Pai em tom de desdém:

- Ai Leonor! Que maneira tão parva de sair do sofá.

Resposta:
- Parva não. Artística!
E sai da sala. Triunfante.

(Looooooolllllll!!!!!)






Arrojinha*

Pérola Mini-Arrojada - 5/Maio/2015

(8 anos e 9 meses)

Do capítulo "Podia ouvir isto todos os dias"

- Mãe sabias que te amo tudo? Sabes, em toda a minha vida nunca sonhei ter uma Mãe assim como tu... 

E disse-me isto de lágrimas nos olhos.
(Que é como estou agora)


Arrojinha*

Pérola Mini-Arrojada - 29/Abril/2015

(8 anos e 8 meses)

Sonices de Mãe

A propósito do Dia da Mãe pediram à Nô para descrever a Mãe, dizer qualidades e essas cenas, o que quisesse. Respondeu, entre outras coisas, que eu sou muito "soneira", que ela quer brincar comigo, eu sento-me no sofá e adormeço.

Nota-se muito que ela tá a curtir esta nova fase de gravidez como ninguém? Tadinha...

#quisesteummanoagoraaguenta


Arrojinha*

segunda-feira, 27 de março de 2017

Pérola Mini-Arrojada - 16/Abril/2015

(8 anos e 8 meses)

A Nô é uma calorenta de primeira, sempre foi, sai ao Pai. Se puder andar sempre fresca, óptimo. Hoje vestiu uma saia fresquinha e um top e, como é toda bem feitinha e morenaça, meti-me com ela. Disse-lhe:

- Elá! Pernocas ao léu, que bom! Minha pernoca liiiinda!
- Então Mãe, tava com calor...
- Sim filha e o que é bom é para se mostrar. - Disse eu.
- Pois é... Mas o teu rabo é bom e tu não mostras.

(Não sei o que responder a isto. Sinto-me como se tivesse ouvido uma boca de um trolha.)


Arrojinha*

quarta-feira, 22 de março de 2017

BOMBA A BORDO!!


Quando temos medo somos tudo.

"Ah porque eu não sou racista! Nem xenófobo! Nem julgo as pessoas pela sua cor ou nacionalidade!"
Se me permitem uma asneira: uma merda é que não! Quando nos vemos metidos numa situação de pânico, todos à nossa volta são perigosos e potenciais terroristas.

Viajei para Londres na semana passada (fui 2 dias em trabalho) e só o Paizinho do céu sabe como detesto voar embora voe desde pequena e o meu Pai seja piloto e esteja sempre a dizer que o avião é o transporte mais seguro do Mundo mesmo antes do carro e do elevador. Quer dizer, eu gostava de poder voar literalmente (como nos acontece nos sonhos) mas viajar de avião é um stress para mim, para a minha cabeça, para o meu coração, para o meu corpo todo. Gosto de ter os meus pés bem assentes no chão e, se for para passar por algum imprevisto ou situação de pânico, preferia não estar sentada ao lado de um paquistanês com ar suspeito. NÃO ME JULGUEM JÁ, ouçam o resto da história. Coitado! O senhor, rapaz que deve ter a minha idade, foi super simpático e, às tantas, lá tentou acalmar-me porque viu que entrei mesmo em pânico. Eu explico. E atenção que escrevi isto durante a viagem para não me esquecer de nada, de nenhum pormenor.

Entro no avião e o meu lugar é um dos últimos, entre um paquistanês de boné e semblante carregado (soube depois a nacionalidade porque fiz-lhe um interrogatório pior do que a PIDE) e uma senhora que decidiu descalçar-se. Big mistake! Bem que me cheirava a queijo e pensei "Mas ainda agora entrámos e já estão a preparar a comida?" Nop, não estavam. Senhora. DESCALÇA! Ok? No, not really mas tudo bem.
Esse foi o mal menor, acreditem.

Começam a acomodar-se os passageiros e percebe-se que há pouco espaço nos compartimentos para as malas então as hospedeiras começam a arrumar melhor as cenas e, enquanto o fazem, perguntam de quem é a mala que têm na mão. Às tantas uma delas levanta uma mochila preta (a hospedeira era negra, detesto dizer preta, sorry, e isto é importante para a história) e ninguém se acusa como dono da mesma. Pergunta uma vez, pergunta duas, pergunta três, pergunta quatro e começa o burburinho. Como devem calcular, começa a ficar tudo um bocadinho stressado e a hospedeira, que entretanto estava a ficar em modo Michael Jackson (tava a ficar branca por isso era importante frisar que era negra, imaginem o pânico que devia estar a sentir e com aquele olhar de medo tipo "O que é que eu faço com isto?? Será uma bomba??") começa a andar para trás, muito devagar com a mochila pendurada na mão, em direcção à parte traseira do avião, depois das casas de banho. Mais do que aquilo também só sair pela porta. Ora, meus amigos, isto estava a acontecer mesmo por cima da minha cabeça, apenas a 4 filas da minha. A mochila tinha estado no compartimento por cima da minha cabeça. Eu não conseguia tirar os olhos da hospedeira e ela continuava a perguntar de quem era aquilo e toda a gente a dizer que não, "Not mine!". Fuck! Really? Com a mochila pendurada na mão e afastada do corpo (eu percebo que aquilo naquele corpinho também não estava famoso, ela devia estar uma pilha de nervos porque não conseguia disfarçar) pegou no intercomunicador e falou com alguém, sempre muito nervosa. Eu continuava a olhar para ela sem tirar os olhos, borrada de medo, e ela olhava para mim de vez em quando e voltava a perguntar, talvez na esperança de que a mochila fosse minha "Is it yours madam?". Agora que penso nisso é normal que ela achasse que aquilo podia ser meu já que eu não parava de fixá-la bem nos olhos. Eu continuava a responder que não até que lhe disse que estava "só" preocupada porque ninguém se acusava e a ansiedade aumentava. Pormenor importante: o paquistanês ao meu lado. De boné e fato de treino, de cada vez que ela perguntava de quem era a mochila ele desviava o olhar e não respondia, não reagia. Se pudesse encolhia-se todo. Tava a fazer-me uma confusão danada e ainda me enervou mais! Caraças, não podia dizer apenas que não era dele??? Oh que raio! Paara além disso, não parava de mexer no smartwatch e no telemóvel. É aqui que começo realmente a entrar em pânico e a fazer um filme na minha cabeça que fazia todo o sentido na altura (agora não...): "Olha tu queres ver que a mala é aqui do homem e ele tá a combinar mandar isto tudo pelos ares?? Ou então tá a programar o detonador porque tá a ver que vai ser apanhado!!" Tudo começou a parecer demasiado suspeito e a fazer sentido (na minha cabeça. Estúpida!! Tenho de deixar de ver filmes, mesmo.)

Entretanto, os portugas a bordo começam todos a perguntar o que se passa, eu já em pânico, não dava para fazer reset ao corpitxo, completamente passada e o avião começa a andar com alguns passageiros ainda de pé. Tipo oi? Então mas vamos seguir viagem com alguns passageiros de pé no corredor e a hospedeira com uma mochila sem dono e suspeita ao colo?? Mau... o paquistanês continuava impávido e sereno mas mexia no telemóvel e no smartwatch ao mesmo tempo. Juro que pensei "Ora bolas, tá a accionar a bomba por controlo remoto e isto ainda vai pelos ares antes de levantarmos voo! Só pode estar feito com os pilotos! Porque raio é que estamos a andar com uma mochila suspeita sem dono e pessoas ainda em pé??" Mais: o homem tava de fato treino: "Claro, desistiu da vida. Já que vai morrer nem se preocupou em vir vestido decentemente, óbvio. Ah se é pra explodir então vou assim mesmo." E estávamos num avião da British Airways, perfeito para um atentado. Digam-me que não sou a única a ter estes pensamentos, por favor!

Pra mim já tinha dado, não aguentava mais, tinha chegado ao meu limite de coração entalado na garganta. Tiro o cinto, levanto-me e pergunto "WHAT THE HELL IS HAPPENING??". A hospedeira que tinha a mochila e a colega respondem que não se passa nada, que tá tudo controlado e que estão a tentar falar com a restante tripulação. Tudo no avião a perguntar se íamos mesmo descolar perante uma situação destas e eu passei-me! Levantei-me, peguei nas minhas coisas (mala, mochila, casaco e almofada) e disse a brilhante frase "I wanna get out!! I'm getting off the plane!" E (burra!) fui ter com a hospedeira que tinha a mochila na mão, lol! Podia ter ido para o lado contrário para ao pé da outra e longe da "bomba" mas não, fiquei a 1cm da "coisa" (estúpida!! Ai Arroja tu realmente às vezes até pareces parva.) Às tantas já não sabia se a rapariga estava aflita por mim ou por não saber o que estava na mochila. Dizia-me ela que estava tudo bem e que não levantávamos voo enquanto não se descobrisse de quem era aquilo mas eu queria era que se descobrisse de quem era o mais rápido possível e, de preferência, que não estivesse ali dentro comigo.
Continuei em inglês "Não, não está a perceber: eu não vou neste avião com isso, eu quero sair daqui! Só quero que parem o avião e me deixem sair que apanho o próximo." Como se isto fosse a carreira dos autocarros ou o metro. (Jasus! As figuras que uma pessoa faz quando entra em pânico) Eu só queria sair dali e ficar longe do paquistanês com ar suspeito que continuava sem se manifestar, apenas olhava para mim muito sério e ninguém parecia prestar-lhe atenção. Mesmo, ele estava  demasiado tranquilo e sério e não parava de mexer ora no relógio, ora no iPhone. What the hell?? Opah não pensavam o mesmo que eu naquela situação?

Bom, a outra hospedeira aproximou-se quando percebeu que eu estava levantada com a minha bagagem toda pendurada em mim e a dizer que queria sair. Disse para não me preocupar porque quando entraram no avião a mochila não estava lá, tinha de ter vindo com alguém. Claro!!! "Veio com o paquistanês!!! Não é óbvio?? Ele quer mandar isso tudo pelos ares mas não quer ir sozinho que isto de ser mártir com companhia é muito mais divertido!" pensei mas não disse, pouco faltou. E teria certamente a minha companhia no inferno, tal era o julgamento que eu estava a fazer dele, coitado do rapaz que devia ser da minha idade!
A 2ª hospedeira, bem mais calma do que a 1ª, pega na mochila e diz que vai descobrir de quem é e eu só pensava "Ai mulher tu não abanes isso que não sabes o que tá lá dentro, Oh valha-me Deus!" E ela, bem mais descontraída que a outra, começa a andar pelo meio do avião com a mochila encostada à cara (a corajosa!) e a perguntar alto e bom som se aquilo era de alguém. Olhava para cada um dos passageiros e perguntava "Is this yours?", Is this yours?", "Is this yours"? Nada! E o pessoal a ficar mais nervoso, tudo a virar cabeças, a levantar-se das cadeiras até que um senhor que estava sentado na última fila de fones nos ouvidos (o otário!) exclama com a maior das calmas "Oh, that's mine!" Ai sim? É seu?! E um par de belinhas no meio da testa, não??? Suspirei de alívio, acho que me caiu tudo, até me senti a desmaiar. A hospedeira aflitíssima diz-me "See? There is nothing to worry about." com um tom muito maternalista. Ah pois não! Não és tu que vais ao lado do paquistanês, sou eu! Se isto der merda tu mandas-te pela janela mas eu tenho o cinto e tou mesmo ao lado do senhor, vai ser bem mais difícil escapar.
Digo-vos, só não me borrei toda porque já tinha feito cócó. Mesmo.
(Desculpem-me pela imagem mental agora)

Só que o filme já estava todo feito na minha cabeça e eu só pensava que aquilo estava a acontecer por uma razão, parecia que estava mesmo dentro de um filme, era tudo demasiado estranho para ser real e estar mesmo a acontecer.
Bebi um copo de água, tremia que nem varas verdes e lá me mandaram sentar porque o avião não parou e íamos mesmo descolar. Fui para o meu lugar mas ainda não ia convencida. Pensei cá para comigo "Ok, isto da mochila foi uma infeliz coincidência mas o raio do paquistanês continua com um ar muito suspeito e não pára de mexer no relógio e no iPhone. Para quê senhores?? Só pode estar a armar alguma."

Volto então para o meu lugar, peço desculpa ao paquistanês, que teve de levantar-se para eu me voltar a sentar e sento-me. Uma rapariga muito simpática na fila ao lado pergunta-me se está tudo bem e respondo que não, mais ou menos vá. A senhora ao meu lado também estava muito nervosa e diz-me baixinho "Que susto! Se pudesse também me ia embora!" Pois, pudera!! Que cagaço! Mas eu não tava convencida com o suspeito do meu lado esquerdo, o avião em andamento quase a preparar-se para descolar e ele no facebook. "Oh diabo! Arroja não és gaja não és nada se não tentares descobrir o que se passa aqui." Então comecei o interrogatório ao desgraçado do homem que durou a viagem quase toda e ao qual ele resistiu com uma paciência de santo. Eu acho, agora que olho para trás à distância de 6 dias, que ele percebeu perfeitamente que eu tava a desconfiar dele. Ah não!! Se íamos todos pelos ares, eu queria pelo menos perceber quem era aquela pessoa. (Alguém que me chocalhe please??)

Conversa toda em inglês:

- Sabe que não pode estar com o iPhone ligado não sabe?
- Sim sim, vou já desligar.

Assim que descolamos e estabilizamos lá em cima ele saca do computador e abre uma cena que parecia o e-mail:

- Está a conferir o seu Mail? Olhe que não pode...
- Ah não não. Estou só aqui a tratar de umas coisas de trabalho.  

Trabalho... pois. Deve estar é a conferir coordenadas e horas e cenas para detonar a bomba. Deve ter ficado nervoso e atrasou isto tudo. E porquê este meu pensamento? Porque não só ele estava demasiado calmo como não largava os aparelhos electrónicos e fazia por esconder a cara. Caramba!! Não teriam pensado o mesmo que eu?! Eu só pensava na notícia que depois iria passar nos telejornais de um avião da BA que tinha explodido em pleno voo e depois a foto do terrorista que tinha levado a cabo o ataque. E tudo se encaixava. Então decidi conhecê-lo na tentativa de mantê-lo ocupado e impedir o que quer que fosse acontecer. (Eu devia era ser guionista, tenho de pensar nisso pra ganhar mais uns trocos).
Vai daí perguntei-lhe tudo e mais alguma coisa e quando eu digo tudo é tudo mesmo. Porque é que ia para Lisboa, se morava em Londres, se tinha família, que idades tinham os filhos, o que é que fazia na vida etc. Disse-me que trabalhava numa empresa da qual não percebi o nome, tinha mulher e duas filhas, morava em
Londres, era do Paquistão e ia a Lisboa para uma reunião de negócios. O problema é que ele respondia a tudo muito calmamente e hesitava antes de responder. "O gajo tá a pensar, tá a inventar para ver se me engana." Às tantas pergunto-lhe como é que se tinha mantido tão calmo durante o episódio da mochila.

- I jump off planes twice a week.

"Salta de aviões duas vezes por semana?? Para quê? Só se for para treinar! O sacana anda a treinar." Pensei eu. Voltei à carga:

- Mas porque é que salta de aviões duas vezes por semana? É pára-quedista? Faz skydiving?

Esboça um sorriso e responde:

- É uma expressão. Entro e saio de aviões duas vezes por semana porque viajo muito. Trabalho para uma agência de viagens internacional e tou habituado a voar, já não fico nervoso, encaro tudo com naturalidade.

"Claro! Andaste a treinar e vocês são treinados mesmo para isto! Para terem uma frieza dos diabos." (Até onde vai a demência de uma pessoa em pânico e completamente alterada a achar que vai desta para melhor.) Só que o rapaz começava a parecer-me sincero. Bem, só por ter levado comigo a viagem toda é um mártir, um verdadeiro mártir sem ter precisado de explodir nada.

Ainda não muito convencida, continuei o interrogatório e ele entrou no jogo e começou também a fazer-me perguntas, o que tinha ido fazer a Londres, etc e tal. Expliquei-lhe que trabalhava em rádio e tinha ido entrevistar dois actores de um filme que vamos apoiar, ficou muito interessado e conhecia os actores (Aqui pensei "Olha, gosta de cinema e percebe de filmes, se calhar é só um gajo que teve o azar de ter algumas atitudes suspeitas durante toda uma situação estranha e deve estar tão habituado a que o julguem pela aparência e pela côr da pele que opta por ficar na dele e nem sequer reagir quando acontece uma situação destas".)
Viemos a conversar o caminho todo, ele a tentar trabalhar e preparar a sua reunião e eu a tentar saber mais sobre ele. A verdade é que a conversa foi fluindo e, às tantas, já tinha descontraído de tal forma que já quase que tinha esquecido os meus pensamentos e desconfianças iniciais. (Até acho que passei pelas brasas durante uma meia-hora.) Disse-lhe que tinha de voltar e conhecer o resto do País, ele que só conhecia Lisboa mesmo e que, já agora, também devia passar pelas nossas ilhas. Acabei por dar-lhe um roteiro turístico do Continente português e seus arquipélagos.

Esou desculpada por ter pensado mal dele, não estou?

Isto acabou por ser uma grande lição de vida. Julgamos os outros, julgamos os que julgam os outros, todos julgam os outros mas se nos virmos com o rabinho entalado também fazemos o mesmo, é quase impossível não o fazermos, é estúpido mas é quase uma defesa nossa. "Se és diferente de mim então és o culpado ou responsável." Não tem de ser assim.
Só de pensar que cheguei a dizer ao homem "Nota-se que não é caucasiano, é de onde?" Arroja, really?? Até me sinto envergonhada. Shame on me!
Por outro lado, olho para as notícias de hoje, do alegado atentado em Londres, e não deixo de sentir um friozinho na barriga. A minha grande amiga Maggie (que vive lá há muitos anos) tinha estado no local do atentado 20 minutos antes de acontecer. Nunca sabemos onde vai ser o próximo, por quem vai ser levado a cabo... será que vale a pena vivermos aterrorizados e condicionarmos a nossa vida por causa disso? Já para não falar nas figuras tristes que uma pessoa faz por causa do medo.


Pensem nisso. Serviu-me de lição.


Arrojinha*


terça-feira, 21 de março de 2017

FUNTASTIC MOM ARROJADA

Há umas semanas escrevi um post sobre a mania que as pessoas têm de opinar acerca dos nomes dos nossos filhos e usei uma expressão que aprendi graças a uma entrevista que dei ao blog Funtastic Mom e passei a usá-la: "Porque os filhos são meus pôrra!"

Aqui fica a entrevista que dei à Inês Leite Rocha no ano passado:




Hoje conversamos com Ana Isabel Arroja, tem 37 anos, 2 filhos – a Leonor com 10 anos e o Salvador com apenas 13 meses, é Mãe, Mulher, Comunicadora, Animadora de Rádio, DJ, Blogger e mais, se houver.

5’Tastic Moms: Quem é a Ana Isabel Arroja?
Ana Isabel ArrojaSou eu, a Arrojinha, muito gosto! (risos) Respiro música e rádio, sou louca por animais e não vivo sem a minha família e os meus amigos que são quem, no fundo, me atura. Acho que sou uma pessoa simples mas, ao mesmo tempo, complicada. Toda eu sou uma contradição.

5’Tastic Moms: O que é para si ser mãe?
AIA: Era um sonho desde pequena. Sempre quis ser Mãe. Sempre disse que podia acontecer-me muita coisa na vida mas se não pudesse ter filhos biológicos seria muito infeliz. Sei que podem estar a julgar-me nesta altura porque há sempre a questão da adoção, sempre ouvi dizer que se ama da mesma forma mas era uma cena minha. Até podia ter 5 filhos adotados mas gostava de ter, pelo menos, 1 biológico. Para mim ser Mãe é mimar, educar, acompanhar, estar presente o mais possível e brincar, brincar muito e gargalhar até não poder mais. É incluir os filhos na nossa vida e rotina enquanto casal, não o contrário.


5’Tastic Moms: A Ana tem 2 filhos lindos, as gravidezes foram planeadas? O que sentiu quando descobriu que estava grávida?
AIA: Super planeadas, ambas. Da Nô foi muito rápido. 1 ou 2 meses depois de começarmos a tentar engravidei, nem tivemos tempo para treinar muito (risos). Do Salvador já foi mais complicado. Começámos a tentar e não acontecia nada. Tentámos durante 1 ano e meio e, quando estávamos prestes a ir ao médico fazer exames para entender o que se passava, engravidei mas abortei 1 semana depois de descobrir que estava grávida. Foi um choque muito grande. Não entendia, enquanto mulher, o que podia estar a falhar. Sempre fui saudável, o Gil também, tinha sido tão fácil da 1ª vez e agora não. Foi um turbilhão de sentimentos, uma frustração, uma dor muito grande mas superámos tudo com muito apoio familiar, voltámos a tentar e, apesar de ter demorado quase 1 ano, conseguimos. Desistir estava fora de hipótese. Ponderámos adotar mas fomos brindados com o Baby S.

5’Tastic Moms: Alteraste a tua maneira de agir, enquanto mãe, do primeiro para o segundo filho? Se sim, em quê?
AIA: Sou muito descontraída por natureza, talvez até demais e 9 anos (a Nô tem 10 e o Salva 1) fazem muita diferença, esquecemos muita coisa. Não é bem como andar de bicicleta (dizem que sim, eu acho que não) mas o lado positivo é que encaramos tudo de uma forma ainda mais descontraída, mais despreocupada. Agora também tenho a Nô que nos ajuda imenso e participa em tudo. Não somos 2 Pais com 2 filhos pequenos, somos sim 2 Pais e 1 mana mais velha com um bebé. Somos 3 a cuidar de 1. No entanto, há uma coisa que noto que acontece, não sei se é fruto da idade mas tenho aproveitado muito mais o Salvador. Sempre fui muito de agarrar, de abraçar, de beijar, de snifar a Nô (Há lá coisa melhor do que cheirar os nossos filhos??) e agora com o Salva sou tudo isso a triplicar! Se puder não o largo nunca, apetece-me estar sempre com ele, namoro ainda mais com ele mas, como já tinha dito, acho que isso tem a ver com a maturidade. Tinha 27 anos quando fui Mãe pela 1ª vez, agora estou a caminhar para os 40. (Credo! Vou só ali deprimir-me e já volto)

5’Tastic Moms: Quais são os seus maiores receios/medos como mãe? E como mulher?
AIA: Tenho uma pedra no sapato sempre: a morte. Tenho pavor de morrer e eles ficarem sem mim, tenho medo que lhes aconteça alguma coisa a eles. Tento relativizar mas vivo aterrorizada com isso. Esse é o meu maior medo. O maior susto que apanhei foi quando ele esteve internado com uma infeção urinária, nem 1 mês tinha ainda. Pensei que me dava uma coisinha má. Depois, como é óbvio, tenho muito medo que não sejam boas pessoas, íntegros porque a verdade é que os educamos mas a partir de uma certa altura eles seguem o seu próprio caminho e tenho medo que se desviem daquilo que acho que é o caminho certo. Tenho medo que não sejam felizes. Façam o que fizerem na vida têm de ser felizes, é a alavanca para tudo. E educados. Pessoas mal educadas tiram-me do sério.


5’Tastic Moms: Que tipo de mãe é a Ana?
AIA: É tão difícil responder a isso, já me perguntaram várias vezes e não sei bem o que responder. Não é uma questão de tentar ser modesta é porque não sei mesmo. Eu sou eu, sou a Arrojinha independentemente de ser Mãe ou não. Sempre fui assim, sempre fui a mesma com ou sem a exposição pública que o meu trabalho implica. Mantenho os meus amigos de infância e adolescência, continuam a ser os meus melhores amigos, por exemplo. Sei que há quem defenda que Mãe não é, nem tem de ser, a melhor amiga dos filhos. Lamento mas não concordo nada com isso. Também não faço questão de ser “A” melhor amiga da minha filha (falo mais nela porque o Salva ainda é bebé e o tipo de relação que tenho com a Nô ainda não tenho com ele) mas faço questão, isso sim, de ser amiga para além de Mãe porque eu sou assim, é a minha forma de estar na vida e não há ninguém que a ame mais do que eu e o Pai. O melhor elogio que me podem dar, enquanto Mãe, é “Vocês parecem duas irmãs que se dão muito bem!” e eu adoro isso, ouvimos isso constantemente. Acho que é possível educar e ser amiga ao mesmo tempo. Também digo que não, também ralho (pouco, é verdade), ela também fica zangada comigo de vez em quando porque não a deixo fazer alguma coisa mas somos muito amigas. Às vezes olho para ela e sim, sinto uma ligação muito particular com ela, é a minha grande companheira, divertimo-nos juntas como amigas o que não anula o meu papel de Mãe. Quando está doente lá está a Mãe para apoiar e dar miminhos, quando tem dúvidas nos trabalhos de casa lá está a Mãe para ajudar, quando tem fome lá está a Mãe para fazer a comidinha de que ela gosta. Acho que é preciso, acima de tudo, uma boa dose de bom senso. Não ser demasiado rígida nem demasiado permissiva. Desculpem mas não consigo definir a nossa relação enquanto Mãe e Filha, é demasiado nossa.

Em relação aos dois, deixo-os cair para aprenderem a levantar-se, deixo-os brincar, experimentar, sujar-se e expressarem-se sem terem medos ou vergonhas. Isso é tão importante quando estamos a formar “pessoínhas” que serão os nossos adultos no futuro. Ajudá-los e incentivá-los a terem confiança neles próprios.

5’Tastic Moms: Quais são as suas rotinas diárias enquanto mãe e mulher?
AIA: Neste momento a minha vida está um caos. Mesmo. Tratar dos miúdos, dos 2 cães, da casa e do marido (risos). A sério, há uns meses achei que dava em doida. Pela primeira vez na vida tive de contratar uma empregada para me ajudar 1 vez por semana com a limpeza da casa e é uma grande ajuda, realmente. Sempre achei que não precisava de mais ninguém mas nunca mais me esqueço de uma frase que a pediatra dos meus filhos me disse, tinha o Salvador apenas 3 semanas: “Ana, meta na cabeça que não é uma Super Mulher. Não há Super Mulheres.” Aquilo bateu forte cá dentro. A partir daí deixei de exigir tanto de mim. Não sou pessoa de me maquilhar, de me arranjar demasiado nem ter rotinas de beleza. Óbvio que gosto de hidratar a pele, passar um rímel nas pestanas e usar um anti-olheiras. Isso sim, imprescindível! Tem de ser. Não saio de casa sem isso. Desodorizante e perfume. De resto, é o mais confortável possível, cabelo apanhado e ténis. Gloss, que é uma coisa que adoooooro nos lábios, deixei de usar desde que fui Mãe. É raro usar. Preciso de beijar os meus filhos constantemente e não quero que andem todos pegajosos e cheios de glitter por todo o lado (risos).

5’Tastic Moms: A Ana é um Comunicadora, Animadora de Rádio, DJ, Blogger e mais… Como consegue conciliar todos os seus projetos, se o dia só tem 24horas, e ainda ser mãe?
AIA: O nosso dia começa sempre às 7.30h, deixar a Nô na escola às 8.30h, a seguir o Salva nos avós e depois ir trabalhar, tendo em conta que moramos na Margem sul e trabalhamos em Lisboa durante a semana e percorremos o País de Norte a Sul ao fim-de-semana. A Nô pratica ginástica acrobática e patinagem artística, tem explicação de matemática, eu e o Gil temos todos os nossos trabalhos e o que nos vale é o apoio familiar. Tentamos sempre ser nós a acompanhar a Nô nas atividades extra mas nem sempre dá e os meus Pais têm sido (sempre foram) fundamentais. Os Avós foram uma grande invenção! São eles o nosso principal apoio com toda esta logística que é complicada, não é pêra doce. Neste momento faço emissão na Comercial das 22h à 01h, por isso o meu dia nunca acaba antes das 2h, 3h da manhã. Ao fim-de-semana temos tido, felizmente, muito trabalho como DJS e, quando não são discotecas, a Nô já pode acompanhar-nos, o que é muito fixe, ela adora. Só não anda connosco quando não pode mesmo por ser tão pequena. Temos muito pouco livre mas é um investimento a longo prazo e adoramos o que fazemos. Acabo é sempre por deixar o blog e o canal de youtube para 2º plano porque, não faço disso um negócio, são dois hobbies que me dão prazer mas para os quais não tenho quase tempo nenhum, a verdade é essa. Prefiro deixar a casa desarrumada, loiça por lavar e coisas por fazer para poder adormecê-los e estar mais um bocadinho com eles porque isto passa tudo demasiado rápido. Como costumo dizer #quisestepinaragoraaguenta

5’Tastic Moms: Se pudesse deixar um conselho que quem foi mãe há pouco tempo, qual seria?
AIA: Relaxem e não levem a peito as críticas de quem está à vossa volta nem dêem tanta importância às opiniões de quem acha que sabe sempre mais do que vocês. As Mães somos nós, porra! Não é? Chill out and enjoy the moment. Relativizem tudo. Vocês é que são as Mães, os filhos são vossos, o resto interessa pouco. Não vivam em função da opinião e experiência dos outros. Cada um é como cada qual, que é uma expressão que adoro.

5’Tastic Moms: Qual é o papel do Francisco na educação da Leonor e do Salvador?
AIA: Fundamental! Não falei muito nele porque a entrevista é sobre as Mães, certo? Mas a verdade é que não vivo sem ele nem conseguia fazer metade do que faço sem ele. Temos uma forma muito particular de viver. Horários tardios e desfasados, refeições fora de horas, muito poucas regras e uma dose gigante de amor, compreensão e bom humor. Encaramos tudo isto sempre com muito humor porque é assim que tem de ser. É o meu companheiro de uma vida, o meu parceiro, o Pai dos meus filhos. E tem uma paciência de santo, é o meu equilíbrio. Eu sou muito enérgica, pêlo na venta, destemida, distraída enquanto que ele é super calmo e observador, muito mais racional. Não me imaginava a viver ou a ter filhos com outra pessoa. Não sabemos o dia de amanhã mas sinto que o Universo nos juntou. A minha Mãe sempre disse que só se estragava uma casa, lol!!!! A verdade é que estamos juntos há 18 anos e, até agora, tem corrido tudo bem.

5’Tastic Moms: Que situação já a levou a dizer ou a pensar “Porque o filho é meu, porra!”?
AIA: Tantas... mas aquela mania de dizerem “Ai coitadinho do menino que tem os pezinhos frios!” Epah não! Os bebés têm sempre as extremidades do corpo mais frias, no caso dos meus filhos, quando os pés ou as mãos estão quentinhos é porque estão com sono. Não gosto de ver as crianças todas enchouriçadas, cheias de roupa, meias, collants, uma camisola interior, mais outra por cima e um casaco e mais sei lá o quê. O meus filhos sempre andaram descalços o mais possível, até porque segundo a pediatra deles, os pés têm sim de respirar e os bebés têm de ganhar defesas. Se estiverem sempre todos tapados, num dia em que estejam um bocadinho mais à vontade têm mais probabilidade de ficarem doentes. Isso é o que me tira mais do sério, a preocupação constante em tapar e proteger os miúdos. Menos. Porque os filhos são meus, porra!! (risos) Adoro esta expressão, vou passar a usar, eheheheh!!!

5’Tastic Moms: Os meus filhos são… (termine a frase)
AIA: Os meus filhos são... felizes e doidos. Como os Pais.


Obrigada Arrojinha pelo seu testemunho.



Obrigada eu Inês, um beijinho arrojado*

sexta-feira, 10 de março de 2017

PENSEI TANTO EM DESISTIR! - DIETA ARROJADA #4


Mas não desisti e continuo em frente com este programa de dieta.
Entrei ontem na 2ª fase e em menos de 1 mês já ultrapassei o meu 1º objectivo que era chegar aos 68kgs e reduzir um tamanho de roupa. Reduzi 2 tamanhos, a caminho do 3º e passei a barreira dos 68kgs (vinha dos 73kgs).


(Tenho de começar a arranjar as unhas dos pés, tá visto!)


De dia 13 Fevereiro a dia 9 de Março

Nem 1 mês passou e já me sinto outra! Completamente!

- Menos 5,900 kgs (caguei, pra mim são 6, foi assim que me ensinaram a arredondar, pra cima não é?);

- Menos 6,6 cm/S no rabo;

- Menos 3 cm/S na cintura.


Ontem foi dia de consulta na S&S Diet Amoreiras com a Dra. Ana Paula e pude comprovar por mim mesma que as teorias que me foram apresentadas sobre esta dieta na 1ª consulta são mesmo verdade e eu sou a prova disso.

Explicaram-me que começamos a emagrecer porque o corpo não tendo a gordura, os hidratos e o açúcar a que está habituado, nas doses a que estava habituado, vai buscar energia à gordura que temos acumulada e queima essa gordura e não aquilo que vai entrando que é, na maioria, proteína (daí ser uma dieta hiper proteica).
Explicaram-me também que o nosso organismo começa por queimar a gordura onde ela está acumulada em maior quantidade (no meu caso é rabo e pernas) mas que, trabalha no seu todo. Não vai só buscar às zonas de maior acumulação, vai aí primeiro e actua mais nessas zonas mas, ao mesmo tempo, queima a gordura que existe em todo o corpo.
Isto na teoria é tudo espectacular e ficamos super motivadas e com vontade de começar e tal mas, se por alguma razão as coisas não correm como esperamos ou à velocidade a que queremos, é coisa para nos deitar abaixo completamente. Não pode ser Mummys!!!! (Dirijo-me mais às Mummys porque é de quem tenho mais feedback). Dizia eu que não pode ser, não podemos desanimar porque se o nosso objectivo é emagrecer e voltar à forma temos de arranjar forças (não sei bem onde, cada uma arranja a sua, tem de ser) e continuar, não desistir.

Não vos vou dizer que a 1ª semana foi fácil, não foi. Primeiro porque tava com medo de não gostar de alguma comida e depois porque tinha medo de falhar, de não conseguir atingir o meu objectivo, a minha meta. Nos 2 primeiros dias foi muito difícil, apesar de ter gostado de tudo. É que as refeições principais podem ser um pouco estranhas assim à primeira vista. Todas têm molho (rico em proteína) e um sabor que não é o mesmo de um bife com batatas fritas e arroz, uma bela massa italiana cheia de molhanga e queijo, muito queijo. Um cozido à portuguesa, uma feijoada... Não é. Desenganem-se porque não é a mesma coisa e é preciso algum sacrifício para levar isto avante. No meu caso foi mais fácil porque eu gostei de tudo mas é tudo bem diferente daquilo a que nos habituaram durante toda a nossa vida. É uma questão de hábito e o corpo habitua-se, a gula é psicológica. Sim apetece-me um belo croissant recheado de chocolate de vez em quando. Sim apetece-me comer um pão inteiro mas depois penso melhor, penso no meu objectivo e chego à conclusão de que se calhar não é bem o "apetecer", é mais o "estar habituada". E isso não só passa como começa a ser um lívio em todos os sentidos.

A 1ª semana foi tramada e estive prestes a desistir porque só me apetecia pão, arroz, massa, fruta, bolos.... mas caramba!! Ou se leva um regime a sério ou não se leva e se me comprometi não podia desistir assim à primeira. Não queria desiludir quem tinha confiado em mim para esta mudança de hábitos, de alimentação, de visual mas, acima de tudo, não queria desiludir-me a mim mesma. Meti na cabeça que tinha de ser agora. Já tenho os 2 filhos com que sonhei, não penso em ter um 3º e estava na altura de pensar em mim, de mudar a minha vida para melhor, deixar de depender da comida para viver. Mulheres!! Eu acordava a pensar naquilo que ia comer durante o dia e salivava que nem louca! "Hoje apetece-me almoçar isto, depois lancho aquilo e pra jantar.... eish! Pra jantar tem de ser aquela cena!!! A minha vida foi isto durante muitos e muitos anos. O vicio pela Coca-Cola era de tal ordem desalmado que não só bebia cerca de 2L por dia como acordava de manhã e a primeira coisa que fazia era beber um bocadinho em jejum para saciar a vontade. Neste momento só bebo meia lata de Zero ao almoço e ao jantar. São mudanças que podem parecer parvas mas para mim são importantíssimas. Porque é que eu estava tão inchada? Não era só por isto mas era também por isto e tudo mais o resto, eu só gosto mesmo daquilo que faz mal. Sabe bem mas faz mal porque eu comia todos os dias e tudo o que é em demasia faz mal. Passava o dia a comer pão, tudo era razão para comer pão. Em quase 1 mês de regime só comi pão 1 vez no dia da asneira e nem tenho pensado muito nisso.

Por tudo isto, como devem calcular, a minha 1ª semana não foi um mar de rosas, consegui, passou-se mas não foi fácil. Era incapaz de estar ao pé de alguém que estivesse a comer comida "normal", aquela a que estava habituada, nem conseguia cozinhar. Passou o Gil a cozinhar para ele e para os miúdos. Ao fim da 2ª semana e depois de ver e sentir os resultados da minha determinação, já conseguia tolerar que comessem ao pé de mim e até cheguei a cozinhar para a família mas não podia olhar muito para os outros pratos. Chiça que uma pessoa não é de ferro e mesmo sabendo que tudo isto é psicológico e que o cérebro nos comanda há coisas que não dá para evitar sentir... cobiça! Foi o que mais senti. Mais do que a vontade de comer, aquilo que sentia era cobiça pelo prato do lado.

Hoje posso dizer-vos que já tolero a comida "normal", embora espero nunca mais voltar a comer daquela forma. Não faz nada bem, muito pelo contrário, é tóxico, faz mal ao corpo mas alivia a alma, eu sei.

Quando fui Mãe pela primeira vez tive uma depressão pós-parto brutal e ninguém nos prepara para isso. Sentimos que o Mundo à nossa volta não tem graça nenhuma, não temos vontade de fazer nada, paciência muito menos, e refugiamo-nos na comida, deixamos de ter noção daquilo que comemos e das quantidades que comemos. A história da depressão fica para outra altura mas já percebi pelo vosso feedback que muitas de vocês estão a passar agora por aquilo que já passei há uns anos e não é fácil sair desse buraco. (mas consegue-se, acreditem!!)

Já vos disse que tem de haver um click mas também é importante termos à nossa volta pessoas que nos apoiam e nos incentivam a mudar, pessoas que são a nossa força quando não a temos e a nossa motivação. Eu queria mesmo muito mudar, MUITO! Porque me sentia cheia e mal disposta quando acabava de comer mas sobretudo porque não me sentia bem comigo, com o meu corpo e com a minha resistência. Olhava para o espelho e não gostava do que via. A energia também não era a mesma, por mais que eu quisesse, cansava-me rapidamente.

Isto tudo para vos voltar a dizer que cada caso é um caso, cada um corpo é um corpo, cada pessoa é uma pessoa. Não gostamos todas do mesmo por isso é natural que algumas não gostem da comida, outras gostem ainda mais do que eu e outras ainda se identifiquem na perfeição com o meu post e a minha experiência. Esta dieta, este regime ou o que lhe queiram chamar, não é um estilo de vida: É um início de um estilo de vida mais saudável, é uma ajuda para que mudemos a nossa forma de encarar a comida e o nosso corpo, desintoxicar, desinchar e vermo-nos livres do que está a mais para que depois possamos então fazer uma manutenção diária e regular. Isto é para se fazer durante um tempo, depois temos de retomar a nossa alimentação e deixar esta. Esse vai ser o maior desafio por isso é que o exercício também é fundamental, principalmente, na última fase da dieta em que abandonamos completamente as refeições da D&S Diet Amoreiras.

Neste momento já ultrapassei o meu 1º objectivo que era chegar aos 68kgs; passada uma semana tinha novo objectivo que era chegar aos 65kgs e agora já quero chegar aos 62kgs e não é impossível. Nada é impossível, eu achava que não conseguia baixar dos 70kgs, estava há tantos anos entre os 75kgs e os 80kgs. Quando regressei ao trabalho, depois das duas gravidezes estava nos 84kgs mais coisa menos coisa. Passados uns meses conseguia baixar até aos 78kgs e com muito esforço ia aos 75kgs mas não passava dali. Meninas: ontem pesava 67,1kgs!!! Só me faltam 5kgs para a minha meta final. 

A partir de 2ª feira começo também o treino à séria, desafiei a minha amiga Cátia cascão para ser a minha PT e não ter qualquer piedade. Respondeu-me: "Não te preocupes, vou pôr-te a mexer todinha, vou fazer-te suar!" E eu tudo nem. (Já viram bem o corpaço desta mulher?? Vejam.) Já lhe disse que quero um reco-reco como o dela e sabem o que me respondeu? "Isso é tudo alimentação, o maior segredo é a alimentação, por isso, com a alimentação certa vais lá, vais conseguir." 

Como já vos disse também várias vezes, nunca serei magrinha ou esquelética, as minhas pernas nunca serão finas, tenho curvas e mamocas, sempre tive mas posso sim perder a gordura toda que tenho acumulado ao longo dos últimos 14 ou 15 anos, já nem sei bem. Já não me lembro de mim sem ser inchada e com peso a mais e é nisso que me vou focar, é essa a minha motivação.

Fiquem atentas porque eu e a Cátia estamos a preparar um plano de exercícios para fazermos todas juntas, já que muitas de vocês não têm possibilidades de embarcar nesta dieta. O instagram será a nossa ferramenta principal.


O meu é @arrojinha

O da Cascão é @catia.cascao

Sigam-nos e inspirem-se e nós, creio que assim será mais fácil. É levantar o cu do sofá e fazer alguma coisa por vocês próprias. Hoje um colega meu disse-me "Já dei os parabéns ao teu marido, a tua dieta está a correr lindamente!". Óbvio que aceito o elogio mas oi?? Eu é que ando aqui a dar tudo por tudo e ele fica com os créditos? Parabéns porquê? Não tou a fazer isto por ele, tou a fazer por mim e, quanto muito, pelos meus filhos, isto agora... ele limita-se a assistir, incentiva mas só assiste.

Acima de tudo não percam o foco e lembrem-se sempre da razão que vos trouxe até aqui.

Eu vestia um 42 quando comecei, agora visto um 38 (ainda não passou 1 mês) e cheira-me que não tarda muito consigo enfiar-me num 36. Darei notícias do provador mais próximo, lol!!!

Bem, vou comer uma tostinha da S&S Diet Amoreiras com queijo Philadelphia ervas (Fase 2 deste programa, yey!!!!) e continuar a trabalhar no meu novo projecto aqui no pc.

Força babes!! Vamos conseguir!!

#asgajasunidasjamaisseraovencidas
#operacaoveraocomaarrojaeacascao



Beijinhos arrojados*





quarta-feira, 8 de março de 2017

Os filhos são meus pôrra!!

Há uns tempos dei uma entrevista para um blog muito giro escrito por várias Mummys. A rubrica, se a memória não me falha intitulava-se "Porque os filhos são meus pôrra!" E muitas das perguntas tinham mesmo a ver com isso, com as coisas que nos tiram do sério em relação aos nossos filhos, mais especificamente em relação à atitude das outras pessoas para com os nossos filhos. Tenho de descobrir essa entrevista algures.

Hoje escrevo e desabafo sobre algo que me incomoda. Não, não me faz apenas fernicoques. Deixa-me doida e furiosa mesmo! Os nomes das crianças e seus respectivos diminutivos e alcunhas. Não me venham com cenas, todos nós temos os nossos diminutivos e alcunhas desde pequeninos, faz parte de nós assim como o nosso nome. Nomes. Há nomes para todos os gostos e se, antigamente, eu me achava no direito de comentar e até gozar com algum nome de que não gostava, a verdade é que isso passa quando temos os nossos filhos. Óbvio que se escolhemos um nome para o nosso filho é porque gostamos dele: do nome e do filho, certo? Por isso, é uma falta de respeito tremenda, uma falta de chá enorme dizer algo do género "Coitadinha da criança!" Coitadinha da criança?? Porquê? Porque tem o nome que os Pais escolheram com tanto carinho? A criança felizmente não é aleijada, não tem nenhum problema físico ou psicológico (falo no meu caso, claro, não me interpretem mal), tem Pai e Mãe e também não sofre de violência em casa, não passa fome, é feliz. Coitadinha porquê? A sério, gostava que me explicassem.

Desde pequena que queria ter um filho Salvador. Adorava um miúdo amigo dos meus primos, muita giro (ele devia ter uns 6 anos na altura), tinha a voz rouca e tinha um piadão enorme: chamava-se Salvador. Não me perguntem porquê mas achava aquele puto o máximo! E fiquei com aquilo na cabeça, queria ter um filho assim. Não sei se sou só eu mas associo imenso os nomes às pessoas. Desde que me lembro de falar em ter filhos que digo que se fosse um menino seria Salvador e passei anos a ouvir familiares bem próximos a gozarem com o nome: "Coitadinho!", "Vai ser gozado na escola", "Nadador-Salvador", foram algumas das coisas que ouvi durante anos. Isso e a chantagem psicológica na tentativa de me fazer mudar de ideias. "Ah, isso passa-te!", "Francisco é bem mais bonito, agora Salvador...", "É nome de beto" ou "É moda, depois vais ver que mudas de ideia."
Nop. Não mudei de ideia e sim, tenho um filho Salvador para desgosto de algumas pessoas que hoje já se habituaram. Que remédio. O filho é MEU pôrra!!

Como se não bastasse, agora o problema também é a alcunha pela qual o tratamos: Samuca. 

Eu e a Nô vemos já há uns anos as novelas do SBT (canal brasileiro) online, assistimos via YouTube. Quando engravidei estava no ar Chiquititas e havia uma personagem que se chamava Samuel mas que era tratado por Samuca. Achámos o nome muito fofo, adorávamos o miúdo, e como não gostávamos de nenhum dos outros diminutivos do nome Salvador achámos perfeito! A tendência, quando há um bebé a caminho, é tratá-lo por um diminutivo, uma alcunha, um nome fofo ou como lhe queiram chamar. A Leonor sempre foi Nô. Com o Salvador tínhamos um problema: não gostávamos de Sá (é o apelido de um colega do meu Pai), nem de Sassá (só me lembrava o Sassá Mutema também de uma novela brasileira, era estranho), Salva até podia ser mas os Salvadores que conheço são "Salva" ou "Salvas" ou "Sassá" e nós não gostávamos. Samuca era perfeito! Começava por "Sa" e faz-nos lembrar o Samuca das Chiquititas. Pronto! Ficou Samuca. É assim que nós, Pais e Mana, tratamos o nosso Baby S. Samuca ou Samuquinha.

Pois que agora tenho de levar com bocas sobre a alcunha que eu quis dar ao meu filho. Não interessa quem mas há uns dias alguém (que não tem filhos ainda) me dizia "Samuca?? Mas a criança não é Samuel, é Salvador! É Salva!" Oi? Mas afinal quem é a Mãe e o Pai? Respondi que quando essa pessoa tivesse os seus próprios filhos lhes chamaria o que quisesse mas este é meu e do Pai e nós escolhemos tratá-lo assim. Só que hoje voltei a ouvir de outro familiar a mesma coisa "Samuca? Mas então é Samuel ou Salvador?" Respirei fundo e respondi entredentes: "É aquilo que os Pais quiserem..." enquanto me despedia de toda a gente e me vinha embora antes de responder de forma mais torta.

Mas afinal o filho é de quem?! É MEU pôrra!


Arrojinha*

domingo, 5 de março de 2017

CHORA A FILHA E CHORA A MÃE

A Nah Cardoso vai passar por Portugal daqui a umas horas, mais precisamente às 5.30h da manhã. O drama, o horror, a choradeira. "Como é que a Nah vai fazer escala em Lisboa e não a posso ver??"



É mesmo verdade!! Ela esteve cá!!


A Nah é aquilo a que agora se chama uma Digital Influencer, é YouTuber e tem milhões de seguidores no instagram e subscritores no YouTube. É um fenómeno e uma simpatia, dá mesmo vontade de ser amiga dela. É uma das maiores It Girls brasileiras e tem uma relação incrível e única com a sua Mãe, a Cris (óbvio que nos identificamos imenso com isso). Vibramos com os vídeos dela, sentimo-nos parte da vida dela e está quase a pisar solo português. 



Alguns dos snaps da Nah de hoje de manhã


A Nô faz vídeos para o YouTube desde os 6 anos (tem 10 agora) mas antigamente gravava uns vídeos tipo videoclipes com os LPS, The Littlest Pet Shop, sabem? Aqueles animaizinhos pequeninos... ela tem centenas e divertia-se a gravar com os nossos telemóveis e a editar os próprios vídeos. Quando percebemos que ela fazia tudo sozinha ficámos tolos! Não queríamos acreditar! Nem eu sabia editar vídeos daquela maneira com músicas, efeitos e tudo.

Claro que daí até querer um canal de YouTube mais a sério foi um passinho. Passou quase 1 ano a convencer-me, ela que passava (e ainda passa) horas a ver canais de YouTube de outras meninas. Tutoriais, vlogs, por aí fora... Foi graças à Nô que conheci a Nah, a Taci (brasileiras) e mais algumas youtubers bem loucas. Agora tb eu passo algum tempo (não tanto como ela porque não tenho...) a assistir aos vídeos das miúdas.






Há 1 ano, depois de muita insistência, cedi aos constantes pedidos da Nô e criámos o Canal "Mundo Das Arrojinhas" e temo-nos divertido muito! Tem sido uma aventura bem gira e deliciosa mesmo, mais um laço entre Mãe e filha.

Ora, a nossa YouTuber preferida, a brasileira Nah Cardoso está a caminho de Itália para um evento de uma marca e está prestes a fazer escala em Portugal. Deve estar a aterrar por estes minutos. Óbvio que assim que a Nô percebeu que isto ia acontecer pelas redes sociais da Nah, ficou numa excitação que só visto. Excitação que logo deu lugar a uma tristeza e frustração gigantes quando lhe explicámos que a Nah não vai poder sair do aeroporto porque não tem tempo. A escala será de apenas 3 horas sendo que tem de fazer o check In duas horas antes para o voo com destino a Itália. Esteve num pranto até às 4h da manhã, hora a que finalmente adormeceu de cansaço.
"Mãe ela vai estar cá!! A meia hora da nossa casa e eu não vou poder vê-la?? Como?? Vamos ao aeroporto, por favor, pode ser que ela saia um bocadinho!!!" 
Não fomos mas estivemos quase a ir.


Confesso que sei precisamente aquilo que a Nôzinha está a sentir, também eu já senti isso e sim, é frustrante mas já lhe disse que não podemos desistir dos sonhos, temos de acreditar sempre, nada é impossível. Também eu já consegui estar com o meu ídolo, a minha banda preferida não uma, não duas, não três mas várias vezes.

Por isso vamos acreditar que vamos conhecer a Nah Cardoso e a Larissa Manoela (esta fica para outro post). Elas hão-de vir a Portugal conhecer as seguidoras portuguesas, eu acredito que sim. Agora vou também eu deprimir um bocadinho, a Nah está prestes a aterrar em Portugal.... gostava tanto de conhecê-la, sentir as suas "vibes e taus", é assim que ela fala, ehehehehh!! Nah sua Liiiiinda! 💖🦄💜




Novo look da Nah


Se também seguem a Nah e a Lari, ou têm filhas que as adoram tal como nós, deixem o vosso comentário aqui no bloguinho.
Talvez não seja má ideia criar um grupo de facebook a pedir que venham cá, que acham?


Beijinhos arrojados 😘